terça-feira, novembro 9

I need someone

Não estou bem. Não sei se estou deprimida, mas todo dia quando acordo não tenho vontade de levantar. Perdi todo o tesão de trabalhar e isso já está virando um fardo. Parei de acreditar nas pessoas do meu emprego e tudo o que eles me falam soa como demagogia.

E as festas de final de ano estão chegando... Aquela alegria e aquele consumismo desenfreado. Eu aqui, com a conta negativa e sem 13º vou ficar chorando pelos cantos, de preferência em algum canto que não tenha vitrines ao redor. E juro que eu nunca fui consumista. Mas agora estou.

Não quero nem pensar no Natal e no Ano Novo. Nunca sei ao certo onde vou passar, sempre estou à espera de um convite de um amigo, um lugar onde eu possa me acolher nestas noites de bombas e rojões. O ano passado, já com medo de tudo isso, fugi e passei o Reveillon com estranhos, pessoas que acabara de conhecer numa viagem. Foi bom. Engraçado se sentir tão à vontade e tão bem com estranhos. E abraçá-los tão sinceramente, desejando-lhes do fundo do coração um Feliz Ano Novo. E sentir que eles desejam a mesma coisa que você.

Beijar uma boca estranha, nova. Um beijo sem sentimento, sem passado nem futuro. Um beijo, aparentemente sem significado, apenas uma ilusão de que você tem alguém.

Mas este ano eu tenho meu mocinho. Ainda não sei se vou passar com ele e sua família. Não me sinto à vontade com sua família. Sinto-me um zero a esquerda, um peixe fora d’água. Não queria começar o ano novo com a auto-estima tão baixa.

Acho que preciso de alguém. Um psicólogo. Acho que preciso de bolinhas.

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