Eu namorei um cara por quase 7 anos, entre idas e vindas. Certo dia ele terminou nosso relacionamento dizendo que não me amava mais, aliás, disse que nem sabia se um dia havia sentido amor por mim ou por alguém. E me perguntei como eu poderia amar alguém que era incapaz de amar.
Sofri muito com isso, muito mais do que deveria. Dizem que a dor é inevitável e o sofrimento, opcional. Concordo com isso. Foi uma separação dolorosa porque 7 anos não são 7 meses. Não rompi só com ele, rompi com a família dele – que já considerava a minha família – e com nossos amigos – que descobri que não eram meus amigos.
Por um tempo andei perdida de mim mesma, talvez esperando que ele voltasse para me dar o rumo novamente. Depois de alguns meses ele me ligou pra avisar que estava com outra pessoa, uma amiga nossa. Eu já sabia, pura intuição. Joguei o telefone na parede. Uma raiva enorme me consumiu por dias, não por ele, mas por ela, que eu considerava minha amiga.
Cada um tem que buscar a sua própria felicidade, e eu chorei porque a felicidade dela estava vinculada a minha tristeza.
Isso foi há 3 anos atrás e desde então já se passou muita coisa. Muita coisa mudou, inclusive eu. E outro dia eu soube, por acaso, que ela está grávida dele. Senti um aperto no coração. Eu sonhei com isso há um tempo atrás (premonição?) e só o sonho já havia me deixado perturbada. Eu sabia que isso ia acontecer, e mesmo preparada, a notícia me deixou abalada.
Eu não o amo mais. E nem a odeio mais. Não sei por que me abalo com essas coisas. Mas também, já passou.
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