quinta-feira, abril 7

Inseguranças

Ontem eu tive uma conversa séria com meu mocinho. Talvez a mais séria de todas. Expus todo o meu medo, fragilidade e insegurança. É como se eu tivesse abaixado o muro que me cerca e me protege. E agora estou me sentindo assim, indefesa e vulnerável. Agora ele sabe o que me machuca.

O sonho

Sonhei que estava em casa, com o mocinho tomando banho. Uma pessoa toca a campainha para pedir esmola e eu respondo que não tenho nada para dar. Quando eu olho novamente, o cara já está no jardim. Grito para ele sair e corro para fechar janelas e portas, mas já é tarde, ele está dentro de casa, mexendo nas coisas e me ameaçando. Eu grito por ajuda pro mocinho, mas ele continua em seu banho. Pego uma cadeira pra bater no cara, só que ele é mais forte do que eu. Ele sai para a garagem para roubar o carro do mocinho e eu tento impedir. E assim acaba meu sonho.

Eu sempre tive sonhos assim, com alguém tentando invadir minha casa e eu tentando desesperadamente protegê-la. Sempre associei este sonho ao medo de ser assaltada, mas hoje, ao acordar, percebi claramente que se trata das minhas próprias inseguranças. Como se a casa fosse meus sentimentos – dos mais belos aos mais obscuros – que a muito custo eu tento proteger e encobrir. Só não entendi ao certo o significado do carro do mocinho que o cara tenta roubar.

À propósito, não estou fazendo análise (se bem que eu adoraria, mas a grana está curta), estou lendo o livro do Jung, O Homem e seus Símbolos. Nem preciso dizer que estou adorando, né?

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