quarta-feira, novembro 24

Minha vida sem mim

Ontem eu cheguei no serviço com os olhos inchados, tentando disfarçar com o cabelo. Antes de sair de casa eu fiquei meia hora debaixo do chuveiro pra ver se aliviava o inchaço, fiz até compressa gelada, mas tava na cara – literalmente – que eu tinha chorado a noite inteira.

E chorei mesmo. Mas não foi nada demais, não. Foi só um filminho que eu assisti na noite anterior. Minha vida sem mim. O filme é simples, mas sua beleza está justamente nesta simplicidade. Talvez a felicidade esteja mesmo na simplicidade.

E pra acompanhar o filminho eu comprei um pote de sorvete de chocolate e mais um pote de farofa doce crocante (porque pouca porcaria é bobagem). E chorei do início ao fim do filme. Jorrava lágrimas assim como jorra sangue na luta da Noiva contra os 88 Loucos, do filme do Tarantino. Meio cômico, não?

E pra explicar que eu chorei tanto só por causa de um filminho? Melhor deixar a explicação pra lá, todo mundo não ia acreditar mesmo, porque perder tempo então?

PS: Eu tentei fazer uma listinha de coisas a fazer, caso eu morresse daqui a dois meses. Não consegui. A única coisa que pensei foi juntar todos os pertences do meu cachorro pra dar pro meu mocinho, inclusive o próprio cachorro.

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